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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

kangosta vellha. aos gatos

 
 





Aos Gatos

 

 Gostaria de ser árabe
Para amar os gatos,
Em vez de pertencer à sociedade
Protectora dos animais,
E dos cães em particular.
Amar os gatos,
Pontapear os cães...
Detestamos os cães e sua obediência;
Estadia breve na cultura árabe:
- Amar os gatos!...
-  Um Gato é um gato!?...
Espírito contemplativo
No seu pensamento profundo
E indecifrável pela Lua,
Um gato jamais se confessará...
Dizes tu: “ – O melhor amigo do Homem !...“
Contrariamente à mulher
O companheiro fiel,
A valência contrária,
A existência secundária.
E dizes novamente: “- És um cão...,
Vives que nem um cão...,
Faz um tempo de cão...,
Não és de linhagem...,
És rafeiro...”
“ – Falas bem!...
Jamais a investigação humana
Poderá desvendar!...”
“ – Nunca vimos um cão em meditação,
mas um gato em profunda meditação?!...”.

Fevereiro se aproxima...
 
do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 de josé luis pinto
 
 

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