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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

kangosta vellha. perversos






Perversos

Perversos... Como assim o somos!...
Simplesmente perversos;
Entre a diferença e o excesso.
Num síndroma de sangue mumificado
De corações fantásticos,
Enegrece o herói no seu leito de morte!...

Torrenciais e caóticos somos todos
Aquando da harmonia destruída
Pelo ritual quotidiano da falsidade.
O mascaramento fragmenta-se
Entre o abjecto e o que é sonho!...

Oramos vezes sem conta
A uma razoável Anunciação
Entre despojos á deriva entre mãos
E queixumes a deslizar sobre o mar.

Nos arames mentais da ignorância
Tentam em vão pessoas bem dispostas
Imitar numa Sexta-feira Santa
A aguda compaixão pela dança macabra
De um punhado de ossadas milenares.
do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 de josé luis pinto