Páginas

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Kangosta Vellha. Tese sobre a pintura

sem título
técnica mista s/papel, s/madeira
65x45cm 2007
 
 
Um quadro de minha autoria em que utilizo várias técnicas aplicadas; do desenho e formas geométricas passadas a crayon, acrilico e o óleo, a prencher um espaço semi-holocáustico em que o sangue, os corpos, as máquinas se mutilam, se cruzam e se enquadram.
 
 
 

“ Quem não obedece a si mesmo é regido pelos outros” , “ Faz escolhas mas recusa-se a ser aquele que escolhe” , “ Cada pessoa tem que escolher a verdade que consegue suportar” , “ Transforma-te naquilo que és”, “ Não existe o caminho, a única verdade é aquela que descobrimos por nós mesmos”, “ A recompensa final dos mortos é não morrer”

                                                                                                                                                F.Nietzsche

Kangosta Vellha, a lenda do galo

 
 
 
Como filho da terra que sou desdenharia não falar da lenda do galo
 
 
 
Ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade, anda associada a curiosa lenda do galo. Segundo ela, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não se ter descoberto o criminoso que o cometera.

Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento duma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca.
Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.
Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível, tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento. Imediatamente solto, foi mandado em paz.
Passados anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor à Virgem e a São Tiago.

Kangosta Vellha, um espaço para a pintura



 

 
For Sale Para Venda
Title: Ligth and shadow
oil on canvas 70x95cm   2012
 
 
Quadro da autoria do Publicador deste blogue
 
 
Este quadro pintado entre Setembro e Outubro do presente ano representa como o título indica um jogo entre sombra e luz, em que a parte interior do quadro muito mais clara e luminosa surge como que uma janela para um outro espaço limitado. A forma desta transposição ser colocada em desenho geométrico e em grande retângulo provoca no observador um estado de harmonia e serenidade.
Este tipo de construção é favorável á colocação em paredes amplas e desprovidas doutros artigos.
 

O preço do quadro pode ser discutido com o próprio:
josé luis pinto
965244836
 
 
Falas Tu
 
Rodeia-me de sentir a palavra que me acreditas.
Deixa pensar a minha mão por sobre ti.
Rodopia sobre ti em mim, naquelas ou nestas mantas de horizonte;
A chave clássica;
Survir, monstruir, suavizar...


Não sejas desdém de mim.
Atraiçoa-me a mola saudade.
Sou Santeiro de mim.
Não espero morrer com a idade.
 
Poema do livro  "Pretéritos Imperfeitos" 2006 do autor.
 

Kangosta Vellha - Fundamentação

A Kangosta Vellha é um espaço onde o autor se identifica, se estende e se espreguiça, em todas as possiblidades artisticas, comenta a vida social ativa, a política, o desporto e muitas outras que não se lembra de momento...
Um espaço também dedicado àqueles que de alguma forma o autor admira e segue as suas atividades, outros que o inspiram, ou mesmo aqueles que não suporta mas, que por isso mesmo não deixa de criticar pela carga ou contéudo que possam ter as suas mensagens.
 
Criticar, sim bem ou mal; mas com fundamento...
 
                                                   EVOLUÇÃO ----- REVOLUÇÃO
 
                                                   REVOLUÇÃO ----- EVOLUÇÃO
 




A infância na Kangosta Vellha

a Kangosta Vellha projeta-se no futuro.
Só temos consciência do belo,

Quando conhecemos o feio.

Só temos consciência do bom,

Quando conhecemos o mau.

Porquanto, o Ser e o Existir,

Se engendram mutuamente.

O fácil e o difícil se complementam.

O grande e o pequeno são complementares.

O alto e o baixo formam um todo.

O som e o silêncio formam a harmonia.

O passado e o futuro geram o tempo.

Eis porque o sábio age

Pelo não agir,

E ensina sem falar,

Aceita tudo que lhe acontece

Produz tudo e não fica com nada.

O sábio tudo realiza e nada considera seu

Tudo faz – e não se apega à sua obra

Não se prende aos frutos da sua atividade

Termina a sua obra

E está sempre no princípio

E por isto a sua obra prospera.             Lao Tse

KANGOSTA VELLHA

O que é isto senão uma passagem estreita e gasta...

Antigamente a cangosta era a nossa rua de trás,
uma viela.
Na cangosta passávamos o dia...
E passavam carros...poucos é certo, lembro-me da camioneta da carreira da linhares
ou da alberto castro pinto, que tinha o nome do meu pai; algo já ténue e distante.
E enquanto os autocarros no largo faziam a inversão de marcha na cangosta para
seguirem mais uma etapa, nós os putos interrompiamos o nosso jogo de bola,
desviávamos as balizas, duas pedras do arruamento e suspendíamos por momentos
a vontade de uma finta ou marcar um golo no portão da escola antiga.

Mas isto não é um blog para criar nostalgia

Isto é a minha vontade

do que sou

do que vejo, ouço e sinto...

Sempre comigo a revolta e a conquista.