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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

kangosta vellha. rua das flores





Rua das Flores

 

 Desenhamos no teu vestido de seda um friso de vida!...
Rosas em chamas e sangue quente
Espalhados sobre o soalho do aposento manifestam o crime ediundo.
Descemos velozmente a escadaria púrpura da manhã
E entre o relógio e a cama
Rubros pensamentos de água benta
Estendidos na sombra da nossa cama
Segredam-nos nirvanas.

 Pululam pássaros belos
Entre lilases e malmequeres,
Na rua das flores desmembramos
As nossas estúpidas cabeças resignadas...
Sobre as copas das árvores pescamos
Algures no coração
O azul-melancolia.
                                                                                do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 do autor

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