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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

kangosta vellha. pássaro quase visivel




Pássaro quase visível

Sou Poeta...
Desfaço-me em verso.
Sou pederasta de mim mesmo.

 Um pássaro quase visível
desmascarou-nos os desejos,
Desmascarou-nos a dialéctica
da nossa expressão artística.

 Os nossos corpos rompendo os limites
numa bebedeira dos sentidos
trágicas formas do silêncio foram.
 A direcção das palavras excederam
A linguagem do corpo.
Transfiguraram a aventura da autenticidade
Do concerto invisível
Em relações secretas de geometria.

 Frenéticos na dilaceração plástica
Da vida e do amor,
Amadurecemos muito lentamente
Como um velho quadro amarelece,
No seu exercício de cor entre estações.
                                                              
                                                                  do livro"pretéritos imperfeitos" 2006 do autor

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