Nada Preocupa-nos E Criámos Tédio
Esperamos e desesperamos pelo sol que não vem.
Estamos tristes,
E mais tristes ficamos quando pensamos
Que poderíamos nos afinal cuidar...
Um lamento,
Uma lágrima que fosse em te podermos alcançar.
Desta vez fomos longe demais,
Uma troca injusta que fizemos;
O joio pelo trigo, a negação pela afirmação,
A contra-poesia,
O nada pela metáfora de águas e velas ao vento.
Tecemos a malha do pescador em gestos calmos, calculáveis...
Sem transparecer do lado de cá
Esta forma de migalhar o pão
Em sedas e corações desertos.
do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 do autor
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