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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

kangosta vellha. nada preocupa-nos e criámos tédio




Nada Preocupa-nos E Criámos Tédio

 
Voltamos a ficar sós...
Esperamos e desesperamos pelo sol que não vem.
Estamos tristes,
E mais tristes ficamos quando pensamos
Que poderíamos nos afinal cuidar...
Um lamento,
Uma lágrima que fosse em te podermos alcançar.
Desta vez fomos longe demais,
Uma troca injusta que fizemos;
O joio pelo trigo, a negação pela afirmação,
A contra-poesia,
O nada pela metáfora de águas e velas ao vento.
Tecemos a malha do pescador em gestos calmos, calculáveis...
Sem transparecer do lado de cá
Esta forma de migalhar o pão
Em sedas e corações desertos.
 
  
 
                                                                                                 do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 do autor

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