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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

kangosta vellha. sejamos francos, frank...


 
 
 
Perfeitamente Normal

 

 Mascaro o meu mundo...
Projecto imagens e falseio a caça divina, os fins mágicos...
Uma segurança palpável!...
Fascina-me o absurdo claustrofóbico dos espaços
Como beco sem saída,
Os caminhos circulares da alma como metáforas
Da exclusão do Ser.
“ – O nosso imaginário é mais subjectivo!...”
Enviamos os nossos exércitos na madrugada
Por entre as diagonais opressivas do sol raiar,
Evadindo as cidades como ratos pelas sarjetas,
Conquistando e libertando a dinâmica e sua perspectiva feroz...
Tomamos de assalto a grande metrópole numa grande ofensiva táctica,
Um banho de cor em uma batalha de flores...
Falsas criações,
Falsas gamas cromáticas...
Não são flores que uma senhora possa usufruir,
Não são paisagens que um Botticelli possa-se orgulhar.
“- Á conquista, Á conquista!...”
A frase do dia é a frase de todos os dias.
Lentamente a batalha ganha forma na imensidão das avenidas híbridas,
No frontispício das fachadas azuis das estruturas flexíveis
Que as construções habitacionais desertas por fora e vazias por dentro cristalizam a Manhã mitológica em reflexões plásticas.
 
 
                                                                                   do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 do autor

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