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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

kangosta vellha. sempre II

 
Sempre II
 
 
(Quando comeres, dá de comer aos cães, ainda que te mordam.
Voltaire
Sonha-se a vida com imagens de uma outra vida!...Paisagens...
Cheiros que não provamos.
Frutas melanciais misturadas,
sabem-nos a massa encefálica
e inteligência adocicada como  um gelado de tabaco.
Amadurecer e esquecer...
é o fruto de profundo estudo sobre a matéria.
Estamos  pendurados no precipício da vida
como fantasmas alienados de olhos vítreos
apegados aos arames eléctricos da mola.
Mas a verdade,
a formiguinha nunca se cansa;
para o bem ou para o mal,
a formiguinha é incansável
deslizando por sobre o mapa do genoma
dos parasitas que se aperfeiçoam ( bicho, bichinho, bichão...)
e nos vêem comer na mão os olhos da cara em questão.
 
                                                                                                           do livro "pretéritos imperfeitos" 2006 do autor
 
 

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