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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Kangosta Vellha. Poesia # Incauta

Poesia # Incauta
 
 
Poesia feita de mãos e dedos entrelaçados,

De espaços azuis e de pássaros de fogo,

As melodias que não esquecem deixadas ao sabor do vento;

As badaladas que o tempo ecoa

No presente que espera um amanhã vindouro,

Feitas em água-fogo

Estendidas nos arames vida

Com molas ser.

A poesia tarda sempre;

O que sempre foi e já não é.

Em desenhos musicais de ouvido

As aranhas tecem teias em paredes que não existem;

Os sinos da poesia que se vão revelando numa aldeia longínqua abandonada

são o sonho e prazer de um louco

E quem a lê sente uma cascata invertida... A poesia esquece.

A memória reflecte o que há-de vir.

O dia que se estende no entendimento das horas,

Unidos, vagos,

Os pensamentos correm para um mar por adivinhar,

Calmos e serenos regressam pela mesma estrada;

Os mesmos gestos, a mesma voz,

A vida que se respira a plenos pulmões!...
 
 
                                                       Poema incluído no livro "Pretéritos Imperfeitos" de 2006 do autor

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